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Basta de impunidade

Reino Unido, Canadá e França ameaçam Israel

Brasília – A paciência acabou. Reino Unido, Canadá e França endureceram o tom contra Israel e avisaram, sem meias palavras: se a carnificina na Faixa de Gaza continuar, vão adotar “medidas concretas”.

A declaração foi feita nesta segunda-feira (19), em nota conjunta assinada por Emmanuel Macron, Mark Carney e Keir Starmer, líderes das três nações.

Os chefes de Estado classificaram os ataques israelenses como “escandalosos” e exigiram a retomada imediata da ajuda humanitária. O recado é claro: o apoio ao direito de defesa de Israel não é um cheque em branco para massacres impunes.


Condenam escalada brutal

O texto reconhece o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, mas denuncia a resposta israelense como “totalmente desproporcional”. Não pouparam palavras contra a “linguagem odiosa usada por autoridades israelenses” e afirmaram que não assistirão de braços cruzados à destruição de Gaza.

Além da crítica direta, os três países expressaram apoio à criação de um Estado palestino e indicaram disposição para negociar uma saída política duradoura com os Estados Unidos e parceiros da região. Uma conferência internacional sobre o futuro de Gaza está marcada para 18 de junho, em Nova York.


Israel avança com operação devastadora

Enquanto os aliados pressionam, Israel avança com a operação Carruagens de Gideão, que já ocupa militarmente o norte e o sul da Faixa de Gaza. O plano inclui a remoção forçada da população, rendição total do Hamas e controle absoluto do território.

Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, o número de mortos já ultrapassou 53 mil. A maioria são civis – mulheres, crianças e idosos, vítimas de bombardeios em áreas residenciais, hospitais e abrigos.



Cresce o isolamento internacional

A escalada israelense começa a corroer até mesmo as alianças históricas. O tom adotado por França, Reino Unido e Canadá indica que a política de apoio incondicional está com os dias contados. A comunidade internacional começa, enfim, a reagir diante de um massacre que se prolonga há mais de sete meses.

Enquanto isso, movimentos pela paz e organizações de direitos humanos pressionam por sanções, embargos e o fim do envio de armas ao governo de Benjamin Netanyahu – acusado por entidades internacionais de crimes de guerra.

No Brasil, setores da sociedade civil e parlamentares progressistas também cobram um posicionamento mais firme do governo. Afinal, o genocídio transmitido em tempo real exige mais que notas diplomáticas brandas.


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Equipe de jornalistas do Jornal DC - Diário Carioca

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