O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusou o Brasil de ser um “péssimo parceiro comercial” e voltou a defender o ex-presidente Jair Bolsonaro, alvo de ações penais por tentativa de golpe. A declaração foi feita na Casa Branca, durante coletiva em que justificou o tarifaço de 50% sobre produtos brasileiros.
EUA ampliam tensão comercial com o Brasil
Trump afirmou que as tarifas brasileiras sobre produtos americanos seriam “enormes” e superiores às praticadas por Washington. “Eles tornaram tudo muito difícil de fazer. Então agora estão sendo cobrados 50% de tarifas e não estão felizes, mas é assim que funciona”, disse.
Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) mostram que a versão do republicano contraria a realidade econômica: em 2024, os EUA registraram superávit de US$ 48,21 bilhões nas trocas com o Brasil, consolidando vantagem para o lado norte-americano.
Bolsonaro como “vítima” na narrativa trumpista
O republicano aproveitou o tema para criticar a Justiça brasileira e tentar blindar o aliado. “Quando eles pegam um presidente e tentam colocá-lo na prisão… Eu conheço esse homem. Acho que ele é honesto. Isso é uma execução política”, declarou.
Desde julho, Trump repete ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF), acusando-o de perseguir Bolsonaro. Em julho, chegou a publicar na Truth Social uma carta ao brasileiro: “Vi o terrível tratamento que você está recebendo nas mãos de um sistema injusto. Este processo deve terminar imediatamente”.
Acusações contra o ex-presidente
A Procuradoria-Geral da República (PGR) acusa Bolsonaro de liderar uma organização criminosa armada para desacreditar o sistema eleitoral, incitar ataques a instituições democráticas e articular medidas de exceção. O ex-presidente é réu em ações no STF ligadas à tentativa de golpe de 8 de janeiro.
Relatório dos EUA critica democracia brasileira
Na terça-feira (12), o Departamento de Estado divulgou relatório anual de direitos humanos apontando “deterioração” da situação no Brasil e mirando críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao ministro Alexandre de Moraes, do STF. O documento ecoa a retórica trumpista e foi recebido com reservas pelo governo brasileiro.

			
		
		
		
		
		
		
		
		
                               
                             
		
		
		
		
		
		
		
		