São Paulo – Rio de Janeiro – Neste domingo (30), manifestantes realizam atos em várias cidades do Brasil contra o Projeto de Lei da Anistia, que pode beneficiar envolvidos nos ataques de 8 de janeiro. O principal protesto acontece em São Paulo, na Avenida Paulista, organizado pelo deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP). A expectativa é reunir cerca de 20 mil pessoas.
A concentração em São Paulo começa às 13h na Praça Oswaldo Cruz, próxima à estação Brigadeiro do metrô. Os participantes seguirão até o antigo DOI-Codi, local que serviu como centro de repressão na ditadura militar.
Capitais com manifestações confirmadas
Além de São Paulo, outras capitais terão atos contra o projeto:
- Fortaleza – Praia de Iracema, 16h
- São Luís – Praça Benedito Leite, 9h
- Belo Horizonte – Praça da Independência, 9h
- Belém – Praça da República, 8h30
- Recife – Parque Treze de Maio, 9h
- Curitiba – Praça João Cândido, 9h30
- Rio de Janeiro – Feira da Glória, 10h30
- Volta Redonda (RJ) – Manifestação prevista
Os eventos são organizados por movimentos sociais como a Frente Povo Sem Medo e a Frente Brasil Popular.
Resposta a ato fracassado de Bolsonaro
Os organizadores afirmam que a mobilização responde ao ato liderado por Jair Bolsonaro (PL) em Copacabana, no dia 16 de março, que teve baixa adesão. Segundo eles, a proposta de anistia ameaça a democracia e reforçam pedidos pela prisão do ex-presidente, que já é réu no STF por tentativa de golpe de Estado.
Políticos e ex-presos políticos confirmam presença
Deputados como Lindbergh Farias (PT) e Erika Hilton (PSOL) confirmaram participação. Ministros do governo Lula (PT), no entanto, não devem comparecer. A data dos protestos coincide com o aniversário do golpe militar de 31 de março de 1964, o que, segundo os organizadores, reforça o simbolismo do ato. Ex-presos políticos, como a família de Rubens Paiva, foram convidados a discursar.
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Entenda o caso: protestos contra a Anistia
- O que é o PL da Anistia? O projeto propõe perdoar os envolvidos nos atos de 8 de janeiro.
- Por que há protestos? Movimentos sociais afirmam que a medida representa risco à democracia.
- Quem participa? Deputados de oposição ao ex-presidente, movimentos populares e ex-presos políticos.
- Quais cidades têm manifestações? Diversas capitais, com destaque para São Paulo.