Humor Antifascista

Flávio Dino chama Eduardo Bolsonaro de “Pateta” e ironiza pressão dos EUA no julgamento

Ministro ironizou ameaças externas e fez piada sobre o filho de Bolsonaro em meio ao voto pela condenação

JR Vital
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JR Vital
JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por...
Flávio Dino, ministro do STF. Foto: reprodução

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), usou ironia ao longo de seu voto pela condenação de Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus da trama golpista nesta terça-feira (9). Em tom debochado, Dino comparou o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos, ao personagem Pateta, arrancando risos no plenário.

A fala surgiu após o ministro comentar ameaças de sanções vindas dos EUA contra autoridades brasileiras, incluindo a perda de visto e a aplicação da Lei Magnitsky contra Alexandre de Moraes. Dino afirmou que intimidações externas não mudariam a decisão da Corte:

“Eu me espanto de alguém imaginar que quem chega ao Supremo vá se intimidar com tuíte.”

Na sequência, ironizou:

“Será que alguém imagina que um cartão de crédito ou o Mickey vão mudar o julgamento no Supremo?”

Foi então que Moraes respondeu em tom descontraído:

“O Pateta.”

Ao que Dino completou, em alusão a Eduardo Bolsonaro:

“O Pateta aparece com mais frequência nesses eventos todos.”

Condenação e rejeição à anistia

Apesar do tom bem-humorado em alguns trechos, Dino reforçou a gravidade da trama golpista, classificando Bolsonaro e Braga Netto como líderes da ofensiva. Reconheceu menor participação de Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e do deputado Alexandre Ramagem.

O ministro também rejeitou a possibilidade de anistia, citando a Constituição:

“Constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados civis ou militares contra a ordem constitucional e o Estado democrático. São inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia.”

Placar no STF

Com o voto de Dino, o placar no julgamento está em 2 a 0 pela condenação, somando-se ao voto do relator Alexandre de Moraes. O julgamento segue com os votos dos ministros Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma.

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JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por grandes redações.