O pastor e empresário Silas Malafaia gravou e enviou às autoridades dos Estados Unidos quatro vídeos dublados em inglês, nos quais acusa o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de promover perseguição religiosa.
A ação ocorre após uma operação da Polícia Federal, autorizada por Moraes, que incluiu:
- Apreensão do celular de Malafaia
- Quebra de sigilos bancário, fiscal e telefônico
- Cancelamento de passaportes
- Proibição de contato com Jair Bolsonaro (PL) e Eduardo Bolsonaro (PL-SP)
No despacho, Moraes apontou fortes indícios de participação do pastor em tentativas de obstruir investigações envolvendo Jair Bolsonaro e aliados, inclusive por meio de articulação com autoridades norte-americanas.
Denúncias e defesa do pastor
Malafaia afirmou que a operação representa ataque direto à fé e ao exercício de sua atividade religiosa.
O pastor ainda acusou Moraes de permitir o vazamento de conversas privadas com Jair e Eduardo Bolsonaro, considerando a divulgação como crime que exigirá responsabilização.
Os vídeos enviados aos EUA têm o objetivo, segundo Malafaia, de mostrar a perseguição que líderes religiosos estão sofrendo no Brasil.
Ligação com tentativas de influência política
Segundo a PF, Malafaia atuou como orientador e auxiliar da família Bolsonaro, elaborando estratégias para pressionar o Congresso e o STF a conceder anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
As ações teriam como objetivo interferir no julgamento em que Jair Bolsonaro é acusado de liderar uma organização criminosa que tentou dar um golpe de Estado.
Divulgação dos vídeos
As gravações produzidas por Malafaia devem ser publicadas em suas redes sociais nesta segunda-feira (25). O conteúdo, segundo ele, traz a versão de líderes religiosos sobre suposta perseguição judicial no Brasil.