Ato no Rio de Janeiro rejeita Bolsonaro e tarifa de Trump

Protesto em frente à Bolsa ecoa resposta de Lula e reafirma soberania nacional contra ingerência dos EUA

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JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por...
Manifestantes defenderam a soberania nacional no Rio de Janeiro - Fernando Velloso

Rio de Janeiro, 10 de julho de 2025 — Manifestantes se reuniram em frente à Bolsa de Valores, na Praça XV, Rio de Janeiro, em protesto contra a tarifa de 50% imposta por Donald Trump. Ato defendeu a soberania do Brasil e criticou a submissão da direita ao imperialismo norte-americano.


A rua contra a tutela estrangeira

A Praça XV foi ocupada por vozes em uníssono: o Brasil não será tutelado. A manifestação, convocada por centrais sindicais e movimentos populares, rechaçou a tarifa de Trump sobre produtos brasileiros e reiterou o apoio à postura soberana do presidente Lula. Cartazes com “Brasil dos brasileiros” e “Trump, tire as mãos do Brasil” expressaram o tom do protesto.


Lula fala em soberania, o povo responde

A resposta oficial de Lula — publicada com o título “Brasil soberano” — reverberou nas falas e faixas do ato. No texto, o presidente denuncia qualquer tentativa de ingerência norte-americana e reafirma que o Brasil não aceitará intimidações no julgamento de Jair Bolsonaro. A mensagem ganhou corpo nas ruas do Rio, onde o anti-imperialismo voltou a ser bandeira viva.


O Sul Global em construção

Sandro Cezar, presidente da CUT-Rio, destacou o novo papel do país na articulação do Sul Global. “Nos exploraram em silêncio por décadas. Agora fazem isso às claras. Mas o Brasil não é colônia. Somos parte de um novo mundo, que não será ditado por Trump nem por seus filhotes no Brasil.”


Justiça fiscal, não submissão

Além da reação à tarifa, o ato cobrou justiça tributária. Trabalhadores defenderam a taxação de bilionários e o fim da jornada 6×1. Tezeu Bezerra, dirigente da FUP, defendeu o plebiscito como instrumento direto de soberania popular: “Não é técnico, é político. O rico paga pouco. O trabalhador carrega o país nas costas.”


A hostilidade ao Congresso marcou o tom da manifestação. Palavras de ordem como “Congresso inimigo do povo” refletiram o descompasso entre o desejo popular e a maioria parlamentar. Enquanto 58% dos brasileiros apoiam a “taxação BBB” — bilionários, bancos e bets —, 70% dos deputados se opõem à PEC que revoga o regime de 6 dias de trabalho.


O Diário Carioca Esclarece

  • Tarifa de 50%: Imposta por Trump sobre produtos brasileiros, afetando especialmente o setor agrícola e industrial
  • Resposta oficial: Lula declarou que o Brasil não aceitará ameaças e invocará a Lei da Reciprocidade Econômica
  • Taxação BBB: Proposta popular que visa tributar bilionários, bancos e casas de apostas
  • Plebiscito popular: Sugerido por movimentos sociais como saída para pautas ignoradas pelo Congresso

FAQ (Perguntas Frequentes)

Por que o ato aconteceu no Rio de Janeiro?
Para marcar posição simbólica diante da Bolsa de Valores, em resposta à política econômica imperialista.

A tarifa de Trump é legal?
É unilateral e pode violar tratados. Lula afirma que recorrerá à OMC e aplicará reciprocidade se mantida.

Quem organizou o protesto?
Centrais sindicais, movimentos populares como MTST, CUT-Rio, além de militantes da FUP e da juventude trabalhadora.

Com informações do Brasil de Fato

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JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por grandes redações.