A Prefeitura do Rio regulamentou nesta segunda-feira (22) o Sistema de Segurança Municipal (SSM), com publicação no Diário Oficial.
A medida estabelece regras para organização, funcionamento e articulação dos órgãos municipais ligados à área.
O SSM funcionará como sistema nervoso da Política Municipal de Segurança Pública, integrando ações de combate à violência e monitoramento em tempo real.
Estrutura vinculada ao gabinete do prefeito
O sistema ficará diretamente vinculado ao gabinete do prefeito Eduardo Paes (PSD). O secretário-geral será Thiago Ramos, ex-coordenador especial da prefeitura, responsável por coordenar ações, organizar reuniões periódicas e acompanhar os indicadores de segurança.
Participam do SSM a Casa Civil, a Secretaria de Ordem Pública (Seop), a Guarda Municipal — incluindo sua divisão de elite armada — e a Central de Inteligência, Vigilância e Tecnologia de Apoio à Segurança Pública (Civitas).
A Civitas, instalada no Centro de Operações Rio (COR), reúne 1.500 radares e 3.800 câmeras, permitindo acompanhar incidentes e desenvolver iniciativas de prevenção ao crime.
Modelo baseado em dados, inspirado em Nova York
Segundo a regulamentação, o SSM terá três pilares:
- Compstat Municipal, sistema de gestão inspirado no modelo da Polícia de Nova York, baseado em dados e indicadores;
- Política Municipal de Segurança Pública;
- Política de Governança da Informação.
O Compstat Municipal será usado para definir estratégias com base em relatórios, indicadores e reuniões periódicas, apoiando decisões administrativas no enfrentamento à criminalidade que afeta o espaço urbano.
Paes reforça aposta na segurança
A criação do SSM confirma a segurança pública como prioridade da gestão Paes, área onde a prefeitura busca maior protagonismo. O tema também tem gerado embates políticos com aliados do governador Cláudio Castro, críticos da ampliação do papel municipal na área.