O Complexo do Maracanã e a Aldeia Maracanã foram incluídos pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) na lista ampliada de 62 imóveis que o Governo do Estado, comandado pelo bolsonarista Cláudio Castro, planeja alienar para reduzir a dívida pública com a União.
A inclusão desses bens representou uma ampliação em relação ao projeto original, que previa a venda de 48 imóveis. O texto ainda será votado no plenário da Alerj e pode sofrer alterações.
A venda faz parte da estratégia do estado para aderir ao Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag), que possibilita o uso de bens públicos para quitar débitos com o governo federal. Segundo previsão da Lei Orçamentária de 2026, o Rio precisará pagar cerca de R$ 12,3 bilhões em serviço da dívida no próximo ano.
Rodrigo Amorim (União), presidente da CCJ, justificou a inclusão do Maracanã argumentando que o custo de manutenção do estádio é elevado, na ordem de R$ 1 milhão por jogo, enquanto a Aldeia Maracanã, com 14 mil metros quadrados, está em situação precária, sem uso social definido. O parlamentar defende a venda definitiva do estádio para diminuir despesas públicas consideráveis.
Foram retirados imóveis com uso social e cultural, como o Complexo Esportivo Caio Martins, o Batalhão da PM do Leblon, a Escola de Música Villa-Lobos, além de locais ocupados por projetos sociais como Casa Nem e Grupo Arco-Íris, após vistoria técnica e pedidos dos deputados.
Atualmente, o Maracanã está sob concessão do Flamengo e Fluminense, válida por 20 anos desde setembro de 2024, que prevê outorga anual de R$ 20 milhões e investimentos de R$ 186 milhões no período. Apesar disso, a venda ou a renegociação da concessão é vista como necessária para resolver os custos elevados enfrentados pelo Estado.

			
		
		
		
		
		
		
		
		
                               
                             
		
		
		
		
		
		
		
		