Rio de Janeiro – A Polícia Civil do Rio de Janeiro está utilizando tecnologia de reconhecimento facial para identificar cerca de 30 homens envolvidos no chamado “surubão do Arpoador”, ocorrido na Zona Sul da cidade durante o réveillon.
O caso, registrado em vídeos que viralizaram nas redes sociais, enquadra-se como crime de ato obsceno em local público, conforme o Artigo 233 do Código Penal.
O delegado Sandro Caldeira, responsável pelo caso, confirmou que as diligências já estão em andamento. Imagens de câmeras de segurança próximas ao local foram recolhidas, e os identificados serão chamados para depor. “Estamos cruzando informações para garantir a identificação precisa de todos os envolvidos”, afirmou Caldeira.
Tecnologia de Reconhecimento Facial na Investigação
A Polícia encaminhou os vídeos para o Instituto de Identificação Félix Pacheco, que está utilizando um sistema avançado de reconhecimento facial integrado aos bancos de dados civis e criminais do Detran. De acordo com Alexandre Trece Motta, diretor do Instituto, o processo segue protocolos internacionais e gera uma lista inicial de possíveis identificados, refinada posteriormente pelos investigadores.
Além disso, imagens compartilhadas em redes sociais como Instagram, X (antigo Twitter) e TikTok estão sendo analisadas. Detalhes como tatuagens, roupas e características faciais foram destacados nos vídeos, que facilitam o trabalho da perícia.
Monitoramento Avançado Durante Eventos Públicos
A Polícia Militar do Rio de Janeiro também expandiu o uso de câmeras de alta definição para monitorar eventos públicos, como carnaval e réveillon. Essa tecnologia, além de identificar foragidos, agora apoia investigações em casos como o do Arpoador.
Segundo especialistas, o uso de vídeos gravados por participantes também é crucial. Um vídeo de 30 minutos, publicado em um site adulto, está sendo analisado pelas autoridades e pode fornecer mais detalhes sobre os envolvidos.
Histórico do Local e Contexto do Caso
O Arpoador, especialmente a área próxima à Skate Bowl e ao Parque Garota de Ipanema, já era conhecido como ponto de encontros sexuais ao ar livre. No entanto, o episódio do réveillon ganhou repercussão inédita devido à ampla divulgação nas redes sociais.
Entenda o caso: “Surubão do Arpoador”
- O que aconteceu?
Cerca de 30 homens foram flagrados em um ato coletivo de cunho sexual na Pedra do Arpoador, durante o réveillon. - Como foi identificado?
Imagens capturadas por câmeras e vídeos compartilhados nas redes sociais estão sendo analisados pela Polícia Civil. - Qual é o crime?
Ato obsceno em local público, previsto no Artigo 233 do Código Penal Brasileiro. - Tecnologia utilizada:
Sistemas de reconhecimento facial e câmeras de alta definição auxiliam na investigação.
