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STF mantém validade da resolução que autoriza MP-RJ a conduzir investigações no Gaeco

Decisão reafirma autonomia institucional com limites legais.

JR Vital
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JR Vital
JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por...
MP-RJ - © Fernando Frazão/Agência Brasil

O Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou nesta quarta-feira (22) a validade da resolução do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) que permite a seus membros presidir e conduzir investigações criminais por meio do Grupo de Atuação Especializada Contra o Crime Organizado (Gaeco).

A decisão rejeitou embargos da Associação dos Delegados de Polícia do Brasil (Adepol), que questionavam possíveis omissões na decisão anterior e buscavam esclarecer os limites da atuação do MP.

A relatora, ministra Cármen Lúcia, destacou que não houve omissão no acórdão e reforçou que o poder investigatório não é exclusivo da polícia. Contudo, ressaltou que essa atuação do MP deve respeitar os procedimentos legais previstos no Código de Processo Penal (CPP), como a comunicação ao juízo sobre a instauração e encerramento das investigações, e observar os mesmos prazos que a autoridade policial.

Além disso, o STF determinou que o Gaeco atua de forma facultativa e não obrigatória, dependendo de autorização ou necessidade específica para conduzir investigações. A autonomia conferida visa reforçar o combate à criminalidade de forma célere e eficiente, mantendo o equilíbrio entre as instituições responsáveis pela investigação penal.

Essa decisão reafirma a competência e a autonomia do Ministério Público para a estruturação interna do Gaeco, ampliando sua capacidade investigativa sem prejuízo das funções tradicionais da polícia. A resolução do MP-RJ validada pelo STF também inclui a criação do Núcleo de Combate aos Crimes Cibernéticos (CyberGaeco), mostrando o avanço na adaptação às novas demandas criminais contemporâneas.

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JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por grandes redações.