A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado será instalada nesta terça-feira (4), às 11h, no Senado Federal, com foco na apuração da estrutura, expansão e funcionamento de facções criminosas e milícias em todo o país.
O colegiado surge em meio à crise de segurança pública no Rio de Janeiro, após a megaoperação policial nos complexos da Penha e do Alemão, que resultou em 121 mortos na semana passada.
O senador Otto Alencar (PSD-BA), o mais antigo entre os indicados, comandará a sessão de instalação. Já o senador Alessandro Vieira (MDB-SE), autor do pedido de criação, deve ser confirmado como relator da CPI, em consenso entre os partidos.
Ainda não há definição sobre quem assumirá a presidência do colegiado. As negociações seguem em Brasília até a manhã desta terça.
Objetivo e escopo da investigação
A CPI terá 120 dias de duração, podendo ser prorrogada, e investigará o modus operandi de facções e milícias, suas estruturas de poder e fontes de financiamento, além da infiltração nas instituições públicas.
O pedido de criação foi protocolado em 17 de junho, mas só ganhou força após os desdobramentos da operação contra o Comando Vermelho no Rio. Segundo Vieira, “pelo perfil dos parlamentares indicados, esta não será uma CPI chapa-branca”.
O colegiado contará com 11 senadores titulares e 11 suplentes. O atraso na instalação ocorreu devido à resistência dos partidos em fazer as indicações, diante da complexidade política e da exposição que o tema provoca.
A iniciativa é vista como um teste para o Congresso diante do avanço de organizações criminosas e da fragilidade do sistema de segurança pública.

			
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
                               
                             
		
		
		
		
		
		
		
		