A ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Isabel Gallotti, deve votar nesta terça (4) pela cassação do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, por abuso de poder econômico nas eleições de 2022.
O caso voltou ao plenário após recurso do Ministério Público Eleitoral, que contesta a absolvição do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Rio por falta de provas.
Contexto do processo e principais acusações
A ação contra Cláudio Castro destaca o suposto uso político de recursos públicos por meio da Fundação Ceperj e da Uerj. Relatórios indicam contratos massivos sem transparência, além de movimentações financeiras suspeitas que somam R$ 248 milhões em saques em dinheiro vivo, realizados por milhares de pessoas vinculadas aos projetos. Esses valores, conforme investigação do Ministério Público do Rio, podem ter sido desviados para financiar a campanha eleitoral de 2022 do governador.
Paralelamente, o presidente da Assembleia Legislativa do Rio, Rodrigo Bacellar, também enfrenta julgamento no mesmo processo, acusado das mesmas irregularidades. O processo sinaliza uma complexa rede política que mistura gestão pública e práticas eleitorais ilegais.
Impactos jurídicos e repercussões políticas
Caso a cassação seja confirmada pelo TSE, Cláudio Castro se tornará inelegível, comprometendo sua carreira política e abrindo espaço para novos desdobramentos no cenário do Rio de Janeiro. A ministra Gallotti baseia seu voto no conjunto probatório reunido pela investigação, que difere da análise feita pelo TRE do Rio, que anteriormente absolveu o governador.
Ministros como Cármen Lúcia, presidente do TSE, e outros integrantes da corte acompanham o julgamento, com possibilidade de pedido de vista que pode postergar a decisão final. A movimentação judicial reflete um momento de acirramento político e judicial contra práticas ilegais nas eleições, reforçando a importância do controle democrático e da transparência no uso de recursos públicos.
Reação oficial e acompanhamento
Cláudio Castro nega qualquer irregularidade. Em nota recente, afirmou que suas ações foram legais e desvinculadas de qualquer campanha eleitoral, respeitando o processo e a vontade dos eleitores. O governador também cita sua absolvição anterior pelo TRE.

			
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
                               
                             
		
		
		
		
		
		
		
		