Justiça de SP torna réus suspeitos de sequestro e extorsão via Pix

A Justiça em São Paulo tornou réus 17 suspeitos de sequestro e extorsão via Pix.  

O indiciamento dessas pessoas, especializadas em sequestrar vítimas e obrigá-las a fazer transferência via Pix, aconteceu a partir de denúncia do Ministério Público de São Paulo, feita em junho. 

Segundo a promotora Érika Leal, a quadrilha abordava as vítimas com violência. Além das transferências via Pix, o bando usava máquinas de cartões de crédito e débito. 

A quadrilha começou a ser investigada pela Polícia Civil no dia 15 de março, depois que um integrante do grupo foi preso, em São Bernardo, região metropolitana de São Paulo. Eles também agiam nas cidades de Santo André, Mauá, Ribeirão Pires e Mongaguá. 

A investigação apontou que a quadrilha dividia tarefas e era estruturada em três núcleos. O primeiro era composto por bandidos responsáveis por executar os crimes. Eles agiam com violência, ameaça e restrição de liberdade das vítimas, que eram obrigadas a fazer transferências bancárias via Pix, por aplicativos de celular, para contas determinadas pelos bandidos. Também usavam máquinas de cartão para realizar operações. 

O segundo núcleo era composto pelos chamados “tripeiros”, que forneciam contas bancárias para o recebimento do dinheiro extorquido pelo primeiro grupo. Eram pessoas que recebiam os valores roubados das contas, em troca de uma comissão, entre 5% e 20%. 

O terceiro núcleo, composto por “laranjas”, era o dos indivíduos que recebiam o dinheiro das vítimas, em contas correntes deles, em troca de vantagens. Era o destino final dos valores extorquidos. 

Os 17 criminosos, agora tornados réus pela Justiça, são denunciados por associação criminosa. A defesa deles ainda não se pronunciou.