Brasília – 22 de agosto de 2025. O ministro Alexandre de Moraes (STF), atingido pela Lei Magnitsky, pode ficar limitado a apenas um cartão de crédito: a bandeira Elo. Cartões de bandeira americana já foram bloqueados, e novas sanções reforçam a necessidade de depender de soluções nacionais, segundo informações da Folha de S.Paulo.
Elo: a única alternativa nacional
Criada em 2011 pelos bancos Banco do Brasil, Bradesco e Caixa, a bandeira Elo possui atualmente 41 milhões de cartões ativos, aceitos em 11 milhões de estabelecimentos e emitidos por 37 instituições financeiras, como Alelo, BV, Palmeiras Pay, Pernambucanas, Banco Pan e iFood.
Especialistas afirmam que operações realizadas exclusivamente no Brasil não estão sujeitas às restrições dos Estados Unidos.
“Se a operação é toda nacional, sem nenhum elemento de conexão internacional, inclusive com a jurisdição dos EUA, em teoria, não deveria haver restrição, sujeitando-se às regras locais”, explicou Fabio Braga, sócio do Demarest.
Riscos e limitações
Mesmo com a Elo, há alertas sobre potenciais impactos caso o cartão seja emitido por bancos com atuação nos EUA.
“Estamos navegando por um mar desconhecido. Não sabemos até onde as sanções podem ir e a situação pode escalar. Mas, como a Elo é brasileira, está menos exposta, o que não significa isenta”, disse Ricardo Botelho, do escritório Marchini, Botelho, Caselta e Della Valle Advogados.
A Elo é a única bandeira nacional ainda em operação, após a extinção da Hipercard, adquirida pela Mastercard em 2020 e retirada do mercado em julho de 2025. Para transações fora do país, possui linhas internacionais em parceria com a Diners Club, mantendo foco na identidade brasileira.
Soluções e reposicionamento da Elo
A empresa oferece cartões de crédito, débito, pré-pagos e soluções digitais como tokenização, QR Code e NFC. Em 2023, reposicionou a marca como “O cartão do brasileiro” e, em 2024, lançou a campanha “Brasileiros Extraordinários”, estrelada por Sasha Meneghel, Bela Gil e João Carlos Martins.
Para Alexandre de Moraes, a Elo representa a única forma de driblar efeitos das sanções americanas e manter operações financeiras no país, mesmo diante de novas restrições internacionais.



