O ex-presidente Fernando Collor foi preso nesta sexta-feira (25) em Maceió, após o Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitar seus últimos recursos. Condenado em 2023 a 8 anos e 10 meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro, Collor recebeu propina de R$ 20 milhões em contratos da BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras. A ordem de prisão partiu do ministro Alexandre de Moraes.
Com a detenção de Collor, o Brasil soma nove ex-presidentes que passaram pela prisão. O próximo da lista pode ser Jair Bolsonaro, réu por tentativa de golpe de Estado. Ele e sete aliados serão julgados pelo STF e podem pegar até 39 anos de cadeia.
- Trump elogia Lula na ONU e fala em “química excelente”
- Conselho de Ética pode pautar cassação de Eduardo Bolsonaro nesta terça
- Hugo Motta veta Eduardo Bolsonaro como líder e deputado pode ser cassado
- Alexandre de Moraes critica sanções dos EUA contra esposa: “Ilegal e lamentável”
- PGR denuncia Eduardo Bolsonaro por coação contra STF no caso das sanções dos EUA
Collor: do impeachment à cadeia
Fernando Collor, presidente entre 1990 e 1992, já havia deixado o cargo após um processo de impeachment. Agora, cumpre pena no Presídio Baldomero Cavalcanti Oliveira, em ala especial. A condenação decorre de sua atuação na BR Distribuidora, onde indicava diretores e recebia propinas em contratos com a construtora UTC Engenharia. O caso integra a Operação Lava Jato.
Bolsonaro: julgamento à vista
O STF aceitou denúncia contra Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Ele e aliados, como o general Braga Netto, são acusados de planejar ações para manter Bolsonaro no poder. A Procuradoria-Geral da República aponta que o grupo elaborou documentos para declarar estado de emergência e monitorou autoridades. Se condenado, Bolsonaro pode pegar até 39 anos de prisão.
Outros ex-presidentes presos
- Michel Temer: preso em 2019 por corrupção em contratos da usina nuclear de Angra 3. Acusado de liderar organização criminosa que desviou R$ 1,8 bilhão.
- Lula: preso em 2018 por corrupção. Ficou 580 dias detido até que o STF anulou as condenações em 2021.
- Jânio Quadros: confinado em 1968 por criticar o regime militar. Ficou 120 dias em Corumbá (MS).
- Juscelino Kubitschek: preso em 1968 por participar da Frente Ampla. Cumpriu prisão domiciliar.
- Café Filho: preso em 1955 por militares após tentativa de retornar à presidência.
- Artur Bernardes: preso em 1932 por apoiar a Revolução Constitucionalista. Exilado em Portugal.
- Washington Luís: preso em 1930 após golpe de Getúlio Vargas. Exilado na Europa.
- Hermes da Fonseca: preso em 1922 por criticar intervenção federal em Pernambuco.