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Delegado Freitas é confirmado relator de processo contra Eduardo Bolsonaro

Representação do PT por quebra de decoro parlamentar pede perda de mandato do deputado, enquanto ele permanece nos EUA

Freitas assume relatoria no Conselho de Ética

O deputado Delegado Marcelo Freitas (União Brasil-MG) foi designado relator do processo contra Eduardo Bolsonaro (PL-SP) no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados. A escolha foi feita nesta sexta-feira (26) pelo presidente do órgão, Fabio Schiochet (União Brasil-SC), a partir da lista tríplice sorteada na última terça-feira (23), quando o processo foi instaurado.

Além de Freitas, constavam na lista a deputada Duda Salabert (PDT-MG) e o parlamentar Paulo Lemos (PSOL-AP).


Representação do PT pede perda de mandato

A ação foi apresentada pelo PT e solicita a perda do mandato de Eduardo Bolsonaro por quebra de decoro parlamentar. Segundo o partido, o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado, tem se dedicado a difamar instituições brasileiras durante sua estadia nos Estados Unidos.

O PT cita ataques do deputado ao STF e a seus ministros, chamados publicamente de “milicianos togados” e “ditadores”. Uma entrevista recente à CNN Brasil, na qual Eduardo declarou que “sem anistia para Jair Bolsonaro, não haverá eleições em 2026”, é destacada como exemplo de conduta atentatória à ordem democrática.

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Conduta que ameaça a ordem constitucional

Na avaliação do PT, os atos do deputado configuram ameaça à ordem constitucional e ao processo eleitoral, considerado “núcleo duro da soberania popular”. “A imunidade parlamentar não é salvo-conduto para atos atentatórios à ordem institucional, tampouco manto protetor para discursos de incitação à ruptura democrática”, afirmou o partido na representação.

O Conselho de Ética terá 90 dias, prazo regimental, para concluir a avaliação do pedido.


Ausência do parlamentar e descumprimento de normas

Em março, Eduardo Bolsonaro pediu licença de 120 dias e fixou residência nos Estados Unidos. O prazo expirou em 21 de julho, mas ele não retornou ao Brasil, acumulando faltas não justificadas nas sessões plenárias. A Constituição prevê cassação de deputados que faltarem a um terço das sessões ordinárias, salvo licença ou missão autorizada.

O PT considera a ausência “descumprimento deliberado, continuado e doloso” das normas regimentais.


Outras representações em tramitação

Tramitam no Conselho de Ética outras três representações contra Eduardo Bolsonaro, duas do PT e uma do PSOL. Fabio Schiochet solicitou à Mesa Diretora que os três pedidos sejam apensados para tramitar em conjunto, requerimento feito em 9 de setembro, sem prazo definido para resposta.

JR Vital
JR Vitalhttps://www.diariocarioca.com/
JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por grandes redações.
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