O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) começou nesta terça-feira, 4 de novembro de 2025, o julgamento de recursos que pedem a cassação do mandato do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), e do vice, Thiago Pampolha (MDB).
Os processos tratam de suposto abuso de poder político e econômico durante as eleições de 2022, além do uso irregular de recursos públicos por meio da Fundação Ceperj e da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).
Acusações centrais
O Ministério Público Eleitoral (MPE) e a coligação que apoiou o adversário de Castro, Marcelo Freixo (PSB), alegam que o governo teria executado projetos não previstos em lei, ampliado o orçamento abruptamente e mantido uma folha de pagamento secreta com aproximadamente 18 mil pessoas contratadas sem concurso público. Essa estrutura teria sido usada para favorecer eleitoralmente a chapa de Castro.
Essa denúncia aponta para contratações sem critérios legais, indicativas de clientelismo, e uso indevido da máquina pública para impulsionar a campanha eleitoral, com pagamento frequentemente em dinheiro vivo.
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Defesa e contexto
Cláudio Castro nega as irregularidades e afirma que todas ações do governo seguiram os trâmites legais, sem relação com o processo eleitoral, respeitando a vontade dos quase 5 milhões de eleitores do estado.
Em maio de 2025, a Justiça Eleitoral do Rio (TRE-RJ) absolveu Castro e Pampolha em um julgamento apertado, por 4 votos a 3. Agora, o TSE reavalia essa decisão.
Possíveis consequências do julgamento
Se o TSE confirmar as acusações, Cláudio Castro pode sofrer cassação do mandato e ficar inelegível por oito anos, com reflexos diretos no cenário político estadual. A decisão do plenário terá impacto significativo sobre a governabilidade do estado e o equilíbrio entre forças políticas locais na reta final do atual mandato.



