O governador Cláudio Castro e o prefeito Eduardo Paes articulam um acordo político que, sem configurar aliança formal, estabelece um pacto de não agressão para as eleições de 2026. Em reunião no Palácio Laranjeiras, os dois acertaram que não atrapalharão os projetos eleitorais um do outro: Castro mira o Senado, enquanto Paes concentra forças para disputar o governo do Rio.
Caminhos paralelos que se cruzam
Embora defendam campos políticos opostos, Castro segue alinhado ao bolsonarismo e articula candidatura em dobradinha com Flávio Bolsonaro, enquanto Paes mantém relações cordiais com Lula e organiza uma frente de centro-esquerda. Na prática, os projetos não colidem, o que abriu espaço para a construção de um compromisso mútuo.
O encontro no Palácio Laranjeiras
No dia 15 de agosto, em quase cinco horas de conversa no Salão Luís XIV, Paes e Castro firmaram o entendimento: o prefeito não estimulará candidaturas competitivas ao Senado, como a de Pedro Paulo, que poderia atrapalhar os planos do governador. Em contrapartida, Castro não se envolverá ativamente na disputa estadual, preservando o caminho de Paes rumo ao governo.
O papel do PL e do PSD
Enquanto o PL, partido de Jair Bolsonaro, concentra esforços em eleger senadores para fortalecer sua influência no Congresso Nacional e pressionar o STF, o PSD aposta na conquista do governo fluminense. O pragmatismo de ambos os lados tornou viável o entendimento.
Flávio Bolsonaro informado
O senador Flávio Bolsonaro acompanha de perto a articulação e pode até ser procurado por Paes para consolidar o pacto. O acordo inclui ainda a possibilidade de o PL não lançar uma candidatura forte ao governo do Rio, facilitando a corrida de Paes ao Palácio Guanabara.
Política como nuvem
Apesar do cenário atual, faltam mais de doze meses para o pleito. Como lembrava Magalhães Pinto, “política é como nuvem, muda a qualquer momento”. Até lá, negociações e rearranjos seguirão ditando os rumos da disputa no segundo estado mais importante do país.
Com Informações da Agenda do Poder