Rio de Janeiro – O padre André Luiz Teixeira de Lima enfrenta uma campanha de intolerância religiosa em Guaratiba, zona oeste do Rio. No último domingo (16), um grupo de fiéis impediu o sacerdote de celebrar uma missa na Paróquia Nossa Senhora da Conceição do Monteiro e ergueu faixas exigindo sua saída.
O ataque também ocorre nas redes sociais, onde André Luiz é alvo de ofensas e perfis falsos propagam informações difamatórias. Extremistas o acusam de ser “macumbeiro” por sua atuação com movimentos sociais e diálogo inter-religioso. A Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) investiga o caso.
Deputados defendem padre André Luiz
A deputada estadual Dani Monteiro (PSOL) condenou a violência contra o padre e destacou seu trabalho nas comunidades católicas da zona oeste. Segundo ela, André Luiz quase foi agredido fisicamente durante o ataque.
A Comissão de Direitos Humanos da Alerj prestou assistência ao religioso na terça-feira (18). Desde então, ele se afastou das funções por segurança, enquanto os ataques seguem.
A deputada estadual Marina do MST (PT) também se manifestou e elogiou o padre como uma liderança comprometida com as causas sociais.
Defensores do diálogo inter-religioso se posicionam
A deputada estadual Zeidan (PT) afirmou que a intolerância religiosa é inaceitável e defendeu o respeito entre religiões. O deputado federal Reimont (PT) lembrou que o diálogo inter-religioso é promovido pela Igreja Católica há 60 anos.
“Em tempos de Quaresma, quando o amor ao próximo é essencial, repudio a violência contra o padre André Luiz e qualquer pessoa”, declarou.
Campanha de ódio
O deputado federal Henrique Vieira (PSOL) afirmou que a perseguição ao padre vem de setores da Igreja ligados à extrema-direita. Para ele, a atuação do sacerdote na organização popular e no diálogo inter-religioso incomoda setores conservadores.
O Movimento Inter-religioso da Zona Oeste (MIR-ZO) também repudiou os ataques e lembrou que a luta pelo ecumenismo é apoiada pelo Papa Francisco e pelo arcebispo do Rio, Dom Orani Tempesta.
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Entenda o caso: intolerância religiosa contra padre André Luiz
- Ataques em Guaratiba: Padre foi impedido de celebrar missa e alvo de faixas contra sua permanência.
- Campanha online: Perfis falsos disseminam informações difamatórias.
- Investigado pela Decradi: Caso está sob análise da Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância.
- Apoio político: Deputados do PSOL e PT condenam ataques.
- Posicionamento religioso: Igreja Católica defende o diálogo inter-religioso.
Com informações do Brasil de Fato