Janeiro, 2025 – Em apenas dois anos, o Rio de Janeiro passou de coadjuvante a um dos principais polos de inovação sustentável do país. Um levantamento da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), que analisou os principais indicadores de inovação e o patamar em que os estados se encontram, constatou que o estado fluminense passou de 17º lugar no ranking, em 2022, no quesito sustentabilidade, para 4º em, 2024, uma diferença de 13 posições. Nas primeiras colocações, ficaram São Paulo, Minas Gerais e Bahia, respectivamente.
Para Rodrigo Miranda, CEO da G.A.C Brasil, consultoria que faz parte do G.A.C Group, presente na França, Alemanha, Singapura, Romênia, Canadá e Marrocos, o crescimento reforça a capacidade do Rio de se mostrar competitivo em um mundo cada vez mais globalizado.
– Esse avanço do Rio demonstra como o poder público tem investido em projetos ambientais, energia limpa e políticas de redução de emissões. O Rio de Janeiro também se tornou um hub importante de inovação sustentável, reforçando sua capacidade de atrair investimentos estrangeiros e estabelecer parcerias internacionais – afirma o CEO da G.A.C Brasil.
Uma das iniciativas que colaboraram para o reposicionamento do Rio de Janeiro foi a implantação do primeiro Hub de Economia Azul da América Latina, criado pelo governo do Estado e instalado no Parque Tecnológico da UFRJ. Com foco na criação de um ecossistema de inovação aberta para atrair startups interessadas em realizar projetos-piloto nos setores de navegação, portos e logística, energias renováveis, saneamento e sustentabilidade, o Hub já atraiu, desde o ano passado, 289 startups, sendo 194 delas estrangeiras.
Fora da área ambiental, Rodrigo destaca que o Rio também vem investindo em outras ações que incrementam a inovação aberta, capaz de reduzir custos para as empresas e promover a troca de ideias e tecnologias. A prefeitura da cidade tem apostado as fichas em iniciativas como o Porto Maravalley, que abriga a Faculdade de matemática IMPA Tech. O hub tem cerca de 30 salas e um espaço de coworking, que, juntos, somam 600 posições de trabalho, laboratório, e uma grande arena para eventos, que faz ligação com o IMPA.
Além disso, o município lançou o ISS TECH, que reduz a alíquota do imposto de 5% para 2% para empresas de tecnologia instaladas na região do Porto Maravalley e implementou o Sandbox.Rio, que permite que produtos, serviços e processos inovadores, mas que ainda não se enquadram nas regras vigentes na cidade, possam ser testados por uma autorização temporária.
As startups também têm desempenhado um papel importante na consolidação do Rio como polo de inovação. Rodrigo Miranda destaca as que atuam no setor de educação e desenvolvem soluções para melhorar a qualidade do ensino, como plataformas online, ferramentas de gamificação e aplicativos de estudo personalizados. Outro setor relevante, diz, é o financeiro, no qual as fintechs oferecem soluções para facilitar pagamentos, investimentos e gestão financeira.
A G.A.C Brasil estabeleceu uma parceria com a Sai do Papel, um dos principais grupos de inovação do Rio de Janeiro, para potencializar conexões entre corporações e startups. Além de também gerir o Porto Maravalley, a Sai do Papel é co-realizadora do Rio Innovation Week e criadora da Arca Hub, o primeiro hub de inovação do Estado, localizado na zona sul do Rio de Janeiro.
Essa parceria visa a fortalecer programas de inovação empresarial, combinando expertise para oferecer insights estratégicos sobre Inovação Corporativa e Inovação Aberta, Conexão com Ecossistemas e Fomento à Inovação. Juntas, as empresas promoverão iniciativas como eventos, workshops e outras ações que impulsionem a inovação na região.
– Programas de inovação, além de melhorar processos internos, trazem vantagens competitivas, retém talentos e ajudam na identificação de novas oportunidades de negócios – enumera Carlos Júnior, CEO da Sai do Papel.
